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2001 Odisseia No Espaço E a Sua Semiologia

Essay by   •  December 13, 2011  •  Essay  •  1,918 Words (8 Pages)  •  2,771 Views

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2001 Odisseia no espaço e a sua semiologia

Trabalho de Grupo para Teorias do cinema

Cinema e Audiovisual

3º Ano, 6º Semestre

Teorias do cinema

Carlos Melo Ferreira

Introdução

Neste presente trabalho teórico de grupo, pretende-se explorar uma das teorias do cinema, Teoria da semiologia , defendida principalmente por Christian Metz e estudar no filme " 2001, Odisseia no Espaço" de Stanley Kubrick.

A escolha iniciou-se com o filme de Kubrick, visto que é um filme da década de 60, e com importantes referências semiológicas, e por isso enquadrado no programa da disciplina.

2001, Odisseia no Espaço

"2001 Odisseia no espaço" (1968), uma das obras mais notáveis do realizador Stanley Kubrick marca um ponto na evolução do cinema ao antever a chegada do homem à lua, que na verdade se deu um ano depois, e curiosamente revela-se incrivelmente bem reconstituído. 2001 Estreou em 1968, e no ano seguinte, Neil Amstrong foi o primeiro homem a pisar a lua. Assim, apesar de existirem apenas imagens prévias do espaço, Kubrick atreveu-se a explorar o tema do homem no espaço. O resultado foi um filme ainda actual e com signos que têm sido desencriptados por inúmeros estudiosos do cinema. Em seguida, iremos abordar toda a temática do filme.

O filme começa com o planeta apenas habitado por 'macacos', o antepassado do ser humano, que nos remete ao nosso mais ancestral instinto, o da sobrevivência. À medida que os primeiros minutos do filme se desenrolam, os primatas assumem comportamentos ferozes e instintivos e defendem-se de um sinistro leopardo de olhos brancos. É de salientar que os 'macacos' se mantém sempre em grupo, e facilmente podemos comparar esta natureza social e de união com próprio ser humano. Por fim, um macaco acaba por descobrir a ferramenta, quando mexe com ossos do corpo de um animal, dando assim um passo na evolução utilizando a ferramenta como uma extensão do seu ser. A esta primeira parte chamamos de o 'Alvorecer do Homem'.

Em seguida, dá-se uma elipse temporal de milhares de anos de evolução, quando em 2001, surgem alguns seres humanos dentro de uma nave, no espaço. Após ficarmos a par de alguns dos hábitos do ser humano dentro da nave, dos alimentos, da forma como se alimentam e como se movimentam, os astronautas pisam pela primeira vez a lua. Apesar do acontecimento no filme não coincidir com o momento real de Neil Amstrong, a cena não perde veracidade, mostra a visão prévia do realizador.

No capítulo 'Missão a Jupiter', avançam 18 meses e é nesta parte do filme que conhecemos pela primeira vez Hal, uma figura robótica, um computador criado pelo ser humano, que lidera os próprios tripulantes. Hal, criado apenas para servir o Homem, consegue eficazmente manipular as personagens de Dave e Frank. Com Dave, Hal protagoniza uma das cenas mais dramáticas do filme: o momento em que é desligado, no qual mostra à semelhança do ser humano, sentimentos como medo e angústia. Uma cena célebre na história do cinema que deu origem a vários filmes.

A última parte do filme aborda o tema da essência e alma do ser humano. Dave, num ambiente que não é o seu, o espaço, onde se encontra fragilizado devido à gravidade e à falta de oxigénio, vence a máquina, Hal, com a mais primária das ferramentas, uma simples chave de fendas. Depois de uma viagem psicadélica no espaço, Dave depara-se com um quarto, desconhecido até então pelo espectador, que apresenta decoração futurista. É importante salientar que esta cena representa a quarta-dimensão, referente ao tempo. Isto é, a quarta dimensão representa a dimensão temporal. Desta forma, Dave observa o seu próprio envelhecimento em várias fases, uma primeira vez em frente ao espelho quando reconhece o seu rosto visivelmente diferente, em seguida a tomar um copo de vinho na mesa, e por fim a sua morte, na cama. O filme acaba com a imagem de um bebé dentro de uma placenta em frente ao planeta terra, e desta simbologia podemos retirar a essência da alma e do espírito do ser humano, que reencarna para uma nova evolução.

Em seguida, abordaremos com maior detalhe os símbolos do filme.

Semiologia de "2001, Odisseia no Espaço"

Semiologia é uma das teorias do cinema e a ciência que se refere aos signos e simbolismos. O termo deriva da palavra grega sēmeion, que significa "signo", havendo desde a antiguidade uma disciplina médica chamada de "semiologia". O termo semiologia foi usado primeira vez pelo britânico Henry Stubbes em 1670 para definir o ramo da ciência médica a respeito da interpretação de sinais.

O estudo semiótico fílmico incide sobre a aplicação de símbolo no cinema, como foi estudado por Christian Metz. Desta forma, pode considerar-se um símbolo ou signo quando, um sujeito identifica e decifra um determinado objecto. Assim, a pessoa consegue reconhecer o simbolismo presente no objecto, e de que forma enriquece a narrativa e a própria imagem do filme. No caso de "2001, Odisseia no espaço", a semiologia está, evidentemente, presente do início ao fim.

Semiologia

De seguida, vamos enumerar os símbolos mais destacados em "2001 Odisseia no espaço". A cena inicial dos macacos marca um dos mais importantes simbolismos do filme, o antepassado do ser humano. Esta cena permite-nos reconhecer a violência presente no macaco, e que consequentemente o humano herdou, contudo aprendeu a ser civilizado e mais racional. Estas imagens dos macacos permitem, certamente criar uma das maiores elipses temporais da história do cinema, de quatro milhões de anos. Após presenciarmos alguns hábitos dos 'macacos', um dos integrantes descobre finalmente o uso da arma, um osso. Apesar de ser um objecto habitual , proveniente de outro animal , o macaco descobriu através do seu instinto que seria uma forma de se defender. De facto, temos nesta cena do filme uma metáfora ao Homem, que usa ferramentas para criar máquinas, como

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